Cirurgia ao recto
A forma mais simples de cirurgia é uma excisão local, através de uma colonoscopia.
Quando o cancro do recto se encontra num estádio inicial, o tumor está muitas vezes completamente confinado a um pólipo. Nestes casos, remover o pólipo durante uma colonoscopia pode ser suficiente para tratar o cancro.
Usando instrumentos que circulam no interior do
colonoscópio, o polipo é cortado na haste e removido. Este processo tem o
nome de polipectomia.
Em cancros mais avançados, a cirurgia para o cancro do recto é frequentemente mais complexa do que a cirurgia ao cancro do cólon, visto que o tumor se encontra localizado entre os limites do osso da pélvis. Esta área contem os nervos que controlam as funções sexual e urinária, por isso devem ser tidos cuidados acrescidos para evitar o mais possível danificá-los.
É uma cirurgia que requer alguma experiência e especialização.
O recto também é crítico para o bom funcionamento do intestino. O impacto de uma protectomia dependerá, em grande medida, do local onde surge o tumor, da sua dimensão e do número de focos do tumor. Se a cirurgia se localizar no segmento médio/ superior do recto, pode permitir poupar o esfincter, evitando uma colostomia permanente.
Para contornar alguns problemas, o tratamento para o cancro do recto pode iniciar pelo uso de quimioterapia ou radioterapia antes da cirurgia.
Estas terapias "neo-adjuvantes" podem ser usadas para encolher o tumor antes da operação cirúrgica, facilitando a sua remoção. Ao mesmo tempo, se o seu diagnóstico indica que tem um cancro avançado, que se espalhou para além do recto (ex. para os nódulos linfáticos), a terapia química ou por radiação antes da cirurgia reduz o risco de recorrência do tumor, ao destruir micrometástases antes de terem oportunidade de evoluir.
Esta abordagem resulta numa taixa de cura global de mais de 70% para pacientes com cancro do recto, e uma taxa de recorrência local inferior a 10%.