Pesquisa de DNA fecal
Ao contrário do FOBT ou FIT, o teste de DNA fecal não procura sangue nas fezes, mas alterações genéticas específicas em células de pólipos ou cancro.
Ao longo do tempo, as células do cólon são libertadas para o lúmen intestinal (por esfoliação) e deste para as fezes.
A recolha destas células (e do seu DNA) é favorecida pela proliferação intensa das células do tumor. A resistência que têm à morte programada (apoptose), também permite que o DNA nas fezes se mantenha intacto.
As amostras são mantidas no frio (em gelo no transporte), e devem ser analisadas até 24 horas depois de serem colhidas.
O “alvo” do teste de DNA fecal são alterações genéticas comuns em cancros colorretais
Sabe-se que a maior parte dos cancros colorretais resultam de alterações genéticas em células normais da mucosa intestinal, que podem então ser pesquisadas no DNA fecal - ex. alterações nos genes Kras, p53 e APC.
Usando este teste, pode também ser avaliada a instabilidade de microsatélites (MSI) - regiões que ficam tipicamente instáveis quando genes como MLH1, MSH2 e MSH6 (que participam na reparação do DNA) não funcionam correctamente.
O teste de DNA fecal, apesar de não invasivo, é um teste bastante dispendioso. Como noutros exames, se for positivo será necessário realizar uma colonoscopia.