Orientações em Portugal
As orientações em Portugal para o rastreio de cancro colorrctal, em pessoas sem sintomas e sem risco aumentado, partem do Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas (PNPCDO), bem como de recomendações oficiais de organismos como a Associação Portuguesa dos Médicos de Clínica Geral (APMCG) ou a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED).
Seguindo as recomendações do Conselho Europeu, o PNPCDO define como prioritário o rastreio de cancro colorretal em pessoas entre os 50 e os 74 anos de idade, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF), com uma periodicidade de dois anos.
Nos casos em que o teste de sangue oculto é positivo, o estudo deve prosseguir através de colonoscopia total.
A APMCG, acrescenta que, segundo as preferências pessoais do paciente, mediante os recursos disponíveis e à luz do conhecimento sobre os diferentes métodos, podem ser considerados exames alternativos de rastreio: colonoscopia, rectosigmoidoscopia, enema de bário com duplo contraste ou colonoscopia virtual, com periodicidade variável segundo o método utilizado.
A SPEG propõe como estratégia para os mesmos indivíduos (com mais de 50 anos, assintomáticos e sem factores de risco conhecidos) a realização de colonoscopia esquerda de 5 em 5 anos.