Rastreio
Detectar o cancro colorretal numa fase inicial, assintomática, traz enormes vantagens.
A remoção de cancros pequenos, confinados à mucosa intestinal (in situ) é bastante simples, realizada através de uma colonoscopia, com uma probabilidade de cura elevada - a taxa de sobrevivência a 5 anos para o cancro colorretal detectado numa fase inicial é de aproximadamente 90%.
Quando o tumor cresce, no entanto, torna-se mais difícil de tratar.
Pode ter-se dispersado na parede do intestino, ou para os gânglios linfáticos, exigindo uma cirurgia e, eventualmente, tratamentos mais agressivos como a quimioterapia.
O rastreio é especialmente útil no cancro colorretal.
Este tipo de cancro tem um tempo bastante alongado de desenvolvimento (às vezes 10- 15 anos), o que dá imenso tempo para a detecção e tratamento.
Por outro lado, em muitos casos, o rastreio pode mesmo prevenir a doença. Isto porque permite a remoção de pólipos, antes de evoluírem para cancro. A práctica de colonoscopias tem demonstrado reduzir significativamente as probabilidades de uma pessoa desenvolver cancro colorretal.
Em Portugal, como noutros países, não existe um rastreio organizado para o cancro colorretal, mas existem recomendações nacionais que devem ser seguidas e exames comparticipados pelo Sistema Nacional de Saúde.
O rastreio é dirigido a pessoas em idade de risco – dos 50 anos aos 74 anos de idade.