Vacinas contra o cancro
O sistema imunitário está programado para defender o organismo. Mas a sua capacidade de lutar contra o cancro é limitada visto que, muitas vezes, não reconhece as células malignas como estranhas.
Na verdade, alguns cancros suprimem mesmo possíveis respostas imunitárias.
Ao contrário de outras imunoterapias ou terapias dirigidas, as vacinas para o cancro não actuam especificamente sobre as células tumorais. Procuram antes reforçar o sistema imunitário, levando algumas populações de células (como as células NK) a reconhecer e destruir estas células.
São vacinas diferentes das vacinas convencionais que actuam contra os vírus: não têm como objectivo prevenir a doença, mas atacar o cancro que já existe no organismo.
Podem ser produzidas:
a) à base de extractos neutralizados do próprio tumor;
b) a partir de moléculas presentes nas células malignas (antigénios);
c) com base em células dendríticas do paciente, expostas previamente
a células tumorais;
d) outras estratégias.
Actualmente, todas estas opções são sobretudo experimentais. Produzir vacinas eficazes tem sido mais difícil do que produzir vacinas preventivas convencionais.
A única verdadeira vacina para o cancro que está aprovada pela Food and Drug Administratin (FDA) - o organismo que regula a introdução de novos medicamentos no mercado dos EUA – é a Sipuleucel-T (Provenge®), utilizada no tratamento do cancro da próstata avançado.