Terapia hormonal
Terapêutica hormonal é um tratamento dirigido à diminuição da interacção do cancro da mama com hormonas que circulam no sangue (nomeadamente, estrogénios e progestrona).
Aproximadamente 75% dos cancros da mama são RE ou RP positivos, o que significa que possuem receptores de estrogéneos (RE) ou de progestrona (RP) associados à membrana externa das suas células.
Os estrogéneos e/ou progestrona activam estes receptores, ligando-se a eles, e desencadeiam um conjunto de acções que conduzem à proliferação celular e à progressão do tumor.
São hormonas que circulam no sangue, e que podem ser endógenas (produzidos pelo corpo) ou exógenas (ex. administradas como parte de uma terapia hormonal de substituição).
Tumores da mama que expressam RE têm tipicamente bons resultados em tratamentos hormonais, que utilizam agentes que bloqueiam a sinalização do RE.
De facto, a hormonoterapia está indicada sempre que há expressão de RE e contribui para a redução das taxas de recorrência e de morte aos 5 anos, em 41% e 34%, respectivamente.
No caso específico do tamoxifeno (a terapêtica hormonal mais estudada), cancros RE/ RP positivos têm taxas de resposta de 60-70%, em comparação com taxas inferiores a 10% nos cancros que não expressam estes receptores.
Hormonoterapia paliativa
A hormonoterapia paliativa é a primeira opção nostumores com receptores hormonais positivos porque, sendo menos tóxica, tem em geral um período de eficácia mais alongado e igual sobrevivência, quando comparada com a quimioterapia neste grupo de doentes.