Cirurgia conservadora
Cerca de 70-90% das mulheres com um cancro da mama num estadio inicial, recém-diagnosticado, têm um perfil médico candidato a lumpectomia.
A lumpectomia (ou tumorectomia) é a excisão do tumor em conjunto com uma pequena margem de tecido da mama, que o rodeia.
É um procedimento cirúrgico de ambulatório, quase sempre combinado com uma biópsia do gânglio sentinela. E é uma evolução cirúrgica no tratamento do cancro da mama:
- permite poupar grande parte dos tecidos da mama, e evitar as complicações de uma mastectomia em situações em que não seria necessária;
- evita o esvaziamento axilar, que está associado a efeitos secundários complicados como o linfedema;
- e preserva a sensibilidade da mama, uma questão importante para muitas mulheres.
A decisão de uma mulher poder, ou não, realizar uma lumpectomia depende do tamanho do tumor, do tamanho da mama, do número de focos do tumor na mama, e de a mulher poder realizar tratamentos subsequentes por radioterapia (geralmente a lumpectomia é seguida de radioterapia), entre outros factores.
Estudos que seguiram centenas de mulheres durante mais de 20 anos mostraram que, quando se pode optar por uma lumpectomia, fazer uma mastectomia não aumenta a probabilidade de sobrevivência.